A temporada de verão 2008 tem um gosto especial para a grife Chiaro. Essa será a primeira vez que a marca de Gustavo Machado (Foto Alto) e Felipe Fonseca fará um desfile solo nas passarelas do Fashion Rio.
A coleção que será apresentada ao público no próximo dia seis de junho, se chamará ‘’Samba de Gala’’ e tem como personagem principal o Delegado da Mangueira. ‘’A história do Delegado nos chamou a atenção por dois motivos. O primeiro, por ele ter uma importância muito grande dentro da comunidade da Mangueira e ser pouco conhecido fora do universo do samba. E o segundo é que a gente observou que o Delegado era muito elegante, e para a proposta da marca isso seria ótimo’’, conta Gustavo.
Na passarela, essa elegância será interpretada através de tecidos nobres. A alfaiataria também estará presente. Mas, não pense que a Chiaro abandonou o street urbano que fez a sua fama. Todo esse glamour virá aliado com todos os elementos da rua que sempre estiveram presentes nas criações da grife. ‘’A coleção, além do samba, terá bastante estamparia, bolsos, aplicações diferenciadas e sujeira da rua’’, adianta Gustavo, que aposta no conforto como hit para a temporada mais quente do ano.
A Chiaro vem com uma cartela de cores mais sóbria neste verão. Basicamente a marca trabalhará com o areia, marrom, crus, branco, preto e cáquis. As cores vibrantes ficarão reservadas a programação visual e estamparia dos looks.
Oriente-se, o inverno inusitado
A atual coleção de inverno, que se encontra nas melhores multimarcas do Brasil, foi apresentada ao público de uma maneira diferente. Os estilistas da marca promoveram uma exposição de fotografias para divulgarem o conceito de suas criações.
Titulada ‘’Oriente-se’’, a coleção do inverno 2007 tem um duplo sentido. ‘’A palavra oriente-se tem a ver com o lance de orientação, de conscientização que a gente sempre trouxe em nossas roupas. E a outra interpretação seria o da inspiração nas texturas do oriente’’, explica Machado.
Em relação a forma de apresentação do conceito da coleção, Gustavo é direto. ‘’A gente optou por fazer uma exposição por questão de grana. Como nós estamos começando, a gente precisa de alguns patrocínios e apoios e na última temporada, nós não conseguimos. Então, achamos que a melhor maneira de passa a nossa mensagem seria através da exposição, que era algo inusitado para nós’’.
Entendendo a Chiaro
Criada em 2003 por Gustavo Machado e Felipe Fonseca, a Chiaro veio para ocupar um lugar no mercado que era pouco explorado no Rio de Janeiro. O street. ‘’O objetivo principal quando nós criamos a grife, era trazer para o Rio de Janeiro uma marca com o estilo mais urbano, porque o Rio também é cidade, não apenas balneário’’, diz Gustavo, que antes de criar a Chiaro, trabalhou seis anos na Armadillo.
Com um perfil de público ainda sendo desenhado, os proprietários da marca falam que acreditam mais em comportamento do que em idade ou classe social, por exemplo. ‘’ O cara que veste a Chiaro é descolado, descompromissado, gosta de uma roupa diferente e curte um visual mais vintage’’, revela Gustavo Machado.
Prestes a completar quatro anos no mercado, a Chiaro se sente a vontade para desenvolver coleções para outras marcas, entre elas Awake e Jonny Size, do vocalista do Rappa, Falcão. ‘’A gente acredita que o mercado urbano carioca é tão virgem que nos sentimos a vontade para estar fazendo trabalhos para outras grifes e aumentando esse espaço, essa história do masculino urbano no Rio de Janeiro’’, afirma Gustavo, que completa dizendo que todas as marcas que ele e seus sócios desenvolvem produtos são bem distintas, possuindo apenas alguns links entre elas.
A Chiaro é quase um coletivo. Além de Gustavo e Felipe, ainda faz parte desse time o designer Marcelo Meirelles, que já integrou a equipe da Redley. ‘’Eu sempre gostei de trabalhar em grupo. Eu acho essa troca de informações muito importante. Eu sempre pergunto tudo aos meus parceiros, porque a minha formação é de um canal e a deles é de outro’’, conta Machado, que confirma que todo o processo criativo da Chiaro é realizado em grupo e as idéias, geralmente, saem de conversas do dia a dia, observações de comportamentos e eventos que a marca produz.
O que o futuro reserva para uma das marcas que mais evoluiu nos últimos três anos? Não sabemos, mas Gustavo Machado espera o melhor. ‘’ Eu vejo a Chiaro vendendo muito, com lojas próprias e criando sempre algo inusitado no mercado’’, finaliza.
Fotos: Gilberto Junior
Para ler ouvindo: U2- Sunday Blood Sunday
A coleção que será apresentada ao público no próximo dia seis de junho, se chamará ‘’Samba de Gala’’ e tem como personagem principal o Delegado da Mangueira. ‘’A história do Delegado nos chamou a atenção por dois motivos. O primeiro, por ele ter uma importância muito grande dentro da comunidade da Mangueira e ser pouco conhecido fora do universo do samba. E o segundo é que a gente observou que o Delegado era muito elegante, e para a proposta da marca isso seria ótimo’’, conta Gustavo.
Na passarela, essa elegância será interpretada através de tecidos nobres. A alfaiataria também estará presente. Mas, não pense que a Chiaro abandonou o street urbano que fez a sua fama. Todo esse glamour virá aliado com todos os elementos da rua que sempre estiveram presentes nas criações da grife. ‘’A coleção, além do samba, terá bastante estamparia, bolsos, aplicações diferenciadas e sujeira da rua’’, adianta Gustavo, que aposta no conforto como hit para a temporada mais quente do ano.A Chiaro vem com uma cartela de cores mais sóbria neste verão. Basicamente a marca trabalhará com o areia, marrom, crus, branco, preto e cáquis. As cores vibrantes ficarão reservadas a programação visual e estamparia dos looks.
Oriente-se, o inverno inusitado
A atual coleção de inverno, que se encontra nas melhores multimarcas do Brasil, foi apresentada ao público de uma maneira diferente. Os estilistas da marca promoveram uma exposição de fotografias para divulgarem o conceito de suas criações.
Titulada ‘’Oriente-se’’, a coleção do inverno 2007 tem um duplo sentido. ‘’A palavra oriente-se tem a ver com o lance de orientação, de conscientização que a gente sempre trouxe em nossas roupas. E a outra interpretação seria o da inspiração nas texturas do oriente’’, explica Machado.
Em relação a forma de apresentação do conceito da coleção, Gustavo é direto. ‘’A gente optou por fazer uma exposição por questão de grana. Como nós estamos começando, a gente precisa de alguns patrocínios e apoios e na última temporada, nós não conseguimos. Então, achamos que a melhor maneira de passa a nossa mensagem seria através da exposição, que era algo inusitado para nós’’.
Entendendo a Chiaro
Criada em 2003 por Gustavo Machado e Felipe Fonseca, a Chiaro veio para ocupar um lugar no mercado que era pouco explorado no Rio de Janeiro. O street. ‘’O objetivo principal quando nós criamos a grife, era trazer para o Rio de Janeiro uma marca com o estilo mais urbano, porque o Rio também é cidade, não apenas balneário’’, diz Gustavo, que antes de criar a Chiaro, trabalhou seis anos na Armadillo.
Com um perfil de público ainda sendo desenhado, os proprietários da marca falam que acreditam mais em comportamento do que em idade ou classe social, por exemplo. ‘’ O cara que veste a Chiaro é descolado, descompromissado, gosta de uma roupa diferente e curte um visual mais vintage’’, revela Gustavo Machado.
Prestes a completar quatro anos no mercado, a Chiaro se sente a vontade para desenvolver coleções para outras marcas, entre elas Awake e Jonny Size, do vocalista do Rappa, Falcão. ‘’A gente acredita que o mercado urbano carioca é tão virgem que nos sentimos a vontade para estar fazendo trabalhos para outras grifes e aumentando esse espaço, essa história do masculino urbano no Rio de Janeiro’’, afirma Gustavo, que completa dizendo que todas as marcas que ele e seus sócios desenvolvem produtos são bem distintas, possuindo apenas alguns links entre elas.
A Chiaro é quase um coletivo. Além de Gustavo e Felipe, ainda faz parte desse time o designer Marcelo Meirelles, que já integrou a equipe da Redley. ‘’Eu sempre gostei de trabalhar em grupo. Eu acho essa troca de informações muito importante. Eu sempre pergunto tudo aos meus parceiros, porque a minha formação é de um canal e a deles é de outro’’, conta Machado, que confirma que todo o processo criativo da Chiaro é realizado em grupo e as idéias, geralmente, saem de conversas do dia a dia, observações de comportamentos e eventos que a marca produz.
O que o futuro reserva para uma das marcas que mais evoluiu nos últimos três anos? Não sabemos, mas Gustavo Machado espera o melhor. ‘’ Eu vejo a Chiaro vendendo muito, com lojas próprias e criando sempre algo inusitado no mercado’’, finaliza.
Fotos: Gilberto Junior
Para ler ouvindo: U2- Sunday Blood Sunday
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